Medicina
5 Sinais de que o corpo precisa de atividade física
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Por: Ladinne Campi
O sedentarismo reflete na estética e, claro, na saúde física e mental. É preciso ficar de olho nos sinais de que é hora de mudar os hábitos
A prática regular de atividade física está diretamente relacionada à qualidade de vida e longevidade. A boa notícia é que o esporte pode ser incorporado na rotina desde a infância, porém, nunca é tarde para (re)começar.
Os pequenos se beneficiam com esportes que auxiliam o desenvolvimento motor, a socialização e estimulam a cooperação e o respeito às regras, como futebol, natação, lutas (karatê, judô, etc), ginástica rítmica e olímpica, entre outros.
Dos 7 aos 12 anos, uma boa aposta são modalidades que trabalham equilíbrio, postura e que demandam estratégias de memória, como por exemplo: ciclismo, atletismo, capoeira e surfe.
Durante a adolescência os esportes competitivos em geral costumam ser os mais buscados. Na vida adulta, a regra deve continuar sendo a afinidade: crossfit, musculação, corrida, natação, ciclismo, dança, funcional e por aí vai…
MUSCULAÇÃO X AERÓBICO
Muita gente se pega na dúvida na hora de escolher uma modalidade para chamar de sua. De acordo com especialistas, o ideal é associar atividades de força e resistência, pois ambas são importantes e benéficas para o corpo.
O treino aeróbico desempenha um importante papel no emagrecimento e melhora o condicionamento físico, mas, em excesso, pode trazer prejuízos como a diminuição de massa magra. Já a musculação é importante não apenas por uma questão estética, mas para evitar problemas como sarcopenia, que nada mais é do que a perda muscular e osteopenia, perda de massa óssea. Além disso, a atividade de força garante mais autonomia durante a terceira idade, melhorando significativamente a qualidade de vida do idoso.
Porém, antes mesmo dos 60 anos, os malefícios causados pelo sedentarismo podem ser sentidos. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, revelou que 40% dos brasileiros adultos eram insuficientemente ativos. O reflexo dessa escolha pode ser sentido de inúmeras formas; afinal, você, certamente, já ouviu a expressão: “o corpo fala”, não é verdade?
1. Cansaço e desânimo excessivo
Já diria o ditado que “quanto menos faço, menos me apetece fazer”. De fato, o cansaço pode ser consequência da falta de atividades intensas. Passar muito tempo sentado na frente do computador, se locomover exclusivamente de automóvel e não dedicar um tempo para a prática de exercícios físicos certamente resultará em mais falta de energia.
Isso ocorre porque suar a camisa libera hormônios, como a adrenalina, que dão um “up” nos níveis de energia do organismo. Por isso, é importante vencer a preguiça, o cansaço e o desânimo até que o hábito faça parte da rotina.
2. Estresse e irritabilidade
Excesso de demandas, horas no trânsito, filhos, casa e outras tantas obrigações do dia a dia têm deixado muitas pessoas estressadas. Neste sentido, vale apostar no esporte como um aliado para o lazer e liberação de endorfina, hormônio que causa a sensação de relaxamento e prazer.
Outra dica é realizar modalidades ao ar livre, como corrida ou ciclismo, que, além de promoverem a conexão com a natureza, também estimulam a socialização.
3. Sono insuficiente ou não reparador
Sair do sedentarismo, comprovadamente, melhora o sono reparador, considerado o mais profundo e de melhor qualidade. A prática contínua de esportes também atua sobre distúrbios do sono, como a apneia, que muito compromete a rotina de quem sofre.
Os hormônios liberados durante o esporte também estão associados ao prazer e ao relaxamento, o que, sem dúvidas, influencia na hora de dormir. Uma pesquisa realizada em 2014 constatou que alguns dos maiores atletas do mundo dormem entre 6 e 10 horas, comprovando que uma boa performance tem, sim, relação com o sono.
4. Sobrepeso e obesidade
Excesso de peso pode ser um grande indicativo da falta de movimento. Para quem busca fazer as pazes com a balança, não tem jeito: é preciso dar o primeiro passo – literalmente.
Para quem está começando, a dica é fazer pequenas mudanças no dia a dia, como trocar o elevador pela escada e andar mais a pé. Já o planejamento de exercícios deve ser traçado por um profissional, que também deverá acompanhar o aluno de forma individualizada.
5. Comprometimento da saúde mental
Os benefícios do esporte incluem, além da saúde física, a saúde mental. E não precisa ser um grande esportista ou competidor para sentir os efeitos que vão desde a melhora da autoestima, do humor, redução dos níveis de ansiedade e melhora de quadros de depressão, considerados grandes vilões da atualidade.
Além dos hormônios já citados, há também a serotonina, neurotransmissor responsável por garantir a sensação de felicidade e prazer. Sua ausência pode acarretar irritabilidade, dificuldade de memória e concentração, dentre outros sintomas que comprovadamente são aliviados após a prática esportiva.
A PALAVRA É: CONSTÂNCIA
Preconiza-se que a prática de exercícios seja consistente para que os benefícios sejam, de fato, sentidos. No final de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou novas diretrizes, onde a recomendação é de 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa semanal para adultos e cerca de 60 minutos para crianças e adolescentes.
Atividades que envolvam o fortalecimento muscular, no caso dos adultos, devem ser realizadas, no mínimo, dois dias por semana contemplando os principais grupos musculares.
Outro ponto a se considerar é o acompanhamento nutricional. Um cardápio variado, contendo todos os grupos alimentares e pensado de forma individualizada é mais um pilar importante na manutenção da saúde e decisivo para o rendimento nos treinos.
A suplementação também é uma boa alternativa em alguns casos, pois ajuda a recuperar o tecido muscular, possui efeito antioxidante e energizante, ideal para o pós-treino.
Outra opção é o gel pós-treino para massagem com poder anti-inflamatório, que ameniza as dores musculares e tem efeito vasodilatador.
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